As sapatilhas que Michael Jordan usou no seu quinto jogo na NBA, pelos Chicago Bulls, tornaram-se no segundo par mais caro do mundo. Foram vendidas por mais de 1 milhão de euros.
Um par de sapatilhas usadas por Michael Jordan no seu quinto jogo na NBA foi vendido, em leilão, por 1,5 milhões de dólares (1,28 milhões de euros), no último domingo. As sapatilhas tinham sido uma oferta do jogador a Tommie Tim III Lewis, um apanha bolas que estava presente nesse jogo e que decidiu colocar os cobiçados sneakers à venda.
O leilão foi conduzido pela Stadium Goods e a Sotheby’s.
A versão do modelo Air Ship, da Nike, é, agora, o segundo par de sapatilhas mais caro do mundo, apenas atrás de um par de Nike Air Yeezy 1 de Kanye West, detentor do título.
O primeiro par mais caro tinha sido um Air Jordan 1 (também presente no vídeo), que foi vendido por 615 mil dólares (527 mil euros) em leilão, em 2020, e ocupa, agora, o terceiro lugar na lista de sneakers mais caros de sempre. 

Este par de Air Jordan 1 “Chicago” (vermelho, preto e branco) foi usado pelo atleta norte-americano num jogo organizado pela Nike em Itália, onde Jordan partiu uma tabela de basquetebol com um violento “afundanço” da bola no cesto, como se pode ver no vídeo abaixo:

Marca Jordan e The Last Dance

A marca Jordan, subsidiária da Nike, é um dos maiores ativos da gigante norte-americana, tendo sido o único setor da marca que apresentou resultados positivos (aumento de 16%) no contexto da pandemia, em 2020.
Desde que Michael Jordan assinou pela Nike, em 1984, o norte-americano já recebeu cerca de 1,3 mil milhões de dólares (1,1 mil milhões de euros) da marca desportiva, e acumulou, através deste e outros negócios lucrativos, uma riqueza de mais de dois mil milhões de dólares (1,8 mil milhões de euros), segundo a Forbes.
O lançamento da série da Netflix “The Last Dance”, que documenta a carreira de Jordan no basquetebol (e, num período breve, no basebol), ajudou a aumentar a popularidade da marca homónima, tal como as vendas, que atingiram os 4,5 mil milhões de dólares (3,8 mil milhões de euros). O documentário aumentou o interesse de um mercado avaliado, em 79 mil milhões de dólares nos produtos do antigo jogador dos Chicago Bulls, nomeadamente nas suas sapatilhas.

A concorrência da aliança Adidas/Kanye West

Apesar do sucesso estrondoso da Nike e da Jordan, que lucra, com o seu calçado, quase o dobro da Adidas—23 mil milhões de dólares para a Nike, e 13,6 mil milhões de dólares para a Adidas, a parceria da marca alemã com o rapper Kanye West veio alterar o mercado. A Yeezy, marca que o artista lançou em conjunto com a Adidas, atingiu 1,7 mil milhões de dólares (1,46 mil milhões de euros) em vendas em 2020, diz a Forbes.

 

 

 

Uma obra-prima de Kandinsky - Murnau Mit Kirche II - recentemente recuperada pelos herdeiros da proprietária, uma judia alemã morta pelos nazis, foi vendida em leilão esta quarta-feira por cerca de 42 milhões de euros.

O valor arrematado em Londres constitui um novo recorde em leilões para o artista russo, sublinhou a casa de leilões Sotheby's.
"As primeiras obras de Kandinsky raramente são colocadas no mercado, estando a maioria destas nas principais coleções de museus do mundo", acrescentou a casa de leilões.
Esta obra de Wassily Kandinsky (1866-1944), com cerca de um metro por um metro, oferece uma visão colorida da vila alemã de Murnau, os seus telhados pontiagudos e a torre da sua igreja, estendida como os picos dos Alpes da Baviera.
Este óleo sobre tela, pintado em 1910, um momento crucial na obra do pintor russo, adornou há muitas décadas a sala de jantar de Johanna Margarete e Siegbert Stern, fundadores de uma próspera empresa têxtil.
Este casal que viveu no centro da vida cultural berlinense dos anos 1920, a par de Thomas Mann, Franz Kafka ou Albert Einstein, construiu uma coleção impressionante de cerca de uma centena de pinturas e desenhos.
Se Siegbert Stern morreu de causas naturais em 1935, a sua mulher Johanna Margarette teve que fugir da perseguição e da Alemanha antes de finalmente ser vítima do extermínio dos judeus pelos nazis em Auschwitz, em maio de 1944.
Foi há quase 10 anos que a obra Murnau Mit Kjirche II foi identificada num museu em Eindhoven, nos Países Baixos, onde se encontrava desde 1951.
Foi devolvida no ano passado aos herdeiros de Stern, cujos 13 sobreviventes vão partilhar os lucros do leilão.
"Embora nada possa desfazer as más ações do passado, o regresso desta pintura que tanto significou para os nossos bisavós tem um significado imenso para nós, pois é um reconhecimento e fecha parcialmente uma ferida que tinha permaneceu aberta através das gerações", sublinharam os herdeiros.
Também foi leiloada esta quarta-feira à noite uma pintura de quatro metros de Edward Munch - Dance on the Beach (1906) - que foi protegida dos nazis num celeiro no coração da floresta norueguesa e que tem sido objeto de um acordo de restituição.
No primeiro plano da tela estão dois grandes amores do artista, duas relações que terminaram em dor.
A pintura foi vendida por 19 milhões de euros.
Uma pintura de Frantisek Kupka - Complexo (1912) - que pertenceu ao ator Sean Connery, foi vendida por 5,2 milhões de euros e este valor será revertido para a Fundação Connery, que trabalha na Escócia e nas Bahamas.
Estas vendas fazem parte de uma série de leilões em Londres dedicados à arte moderna e contemporânea.
Na Christie's, pinturas de Cézanne, Magritte ou Picasso avaliadas em vários milhões de euros também devem ir a leilão.

Um fã da série não hesitou em pagar uma fortuna pelas famosas cuecas brancas.

A roupa interior de Bryan Cranston no trailer de «Breaking Bad» foi vendida por 7560 euros em leilão.

Um fã da série não hesitou em pagar uma fortuna para ficar com as cuecas brancas que a personagem Walter White veste no primeiro episódio da série.

As cuecas eram apenas um dos itens do leilão de 10 dias, organizado pela Sony Pictures e Screendbid, que vai vender adereços e mobília da recente série da AMC.

De acordo com a Variety, o leilão da roupa interior começou nos 190 euros e depressa chegou aos 7560 euros.

Atualmente, as cuecas estão em exibição no New York's Museum of the Moving Image, mas serão entregues ao vencedor assim que a exposição terminar.

 

Pintura, que não era vista em público há mais de 20 anos, estava numa coleção privada, mas vai a leilão na próxima semana. Isobel Boyt, filha de Lucian Freud, teve de posar mais de 70 vezes.
Isobel Boyt, “Ib” para a família, aparece de vestido solto e pés descalços, a ler “Em Busca do Tempo Perdido” de Marcel Proust. Atrás tem uma cómoda de carvalho onde o pai e autor do quadro, Lucian Freud, guardava cartas, telegramas e fotografias, desde os anos 40. Mas, na pintura, Isobel não está só num momento de leitura — as mais de 70 vezes em que se sentou naquela poltrona para ser retratada foram um pretexto para passar tempo com o pai, que morreu em 2011. O quadro vai a leilão na próxima semana e pode atingir os 20 milhões de libras (cerca de 22 milhões de euros).
“Foi tempo ininterrupto com ele. O que ele realmente queria fazer era pintar e foi o que ele fez. Sentar-me foi um meio para conseguir passar tempo com ele, para me ligar a ele, desenvolver uma relação com ele”, disse Isobel Boyt, citada pelo The Guardian.
A pintura — intitulada “Ib Reading” (“Ib a ler”) —  estava numa coleção privada e não era vista em público há mais de 20 anos. A última vez em que esteve exposta foi em 2000, em Nova Iorque. Nunca esteve disponível ao público no Reino Unido, mas até ao leilão, que se realizará no próximo dia 1 de março, ficará em exibição na Sotheby’s de Londres.
Para o resultado final, Isobel teve de posar mais de 70 vezes no estúdio do pai, em Holland Park, Londres, em 1997. Foram quase três vezes por quinzena durante mais de um ano. “Foi o mínimo para ele e o máximo que eu consegui”, diz Boyt.
Lucian Freud não exigia nenhuma pose específica aos retratados, conta a filha. “O meu pai dava sugestões frequentemente, mas nunca disse ‘Quero que uses isto e te sentes aí’. Fazia com que tudo parecesse fácil e a escolha era sempre nossa. (…) Ele queria pintar as pessoas como eram, não queria moldá-las nem persuadi-las a fazer uma coisa ou outra”, refere Isobel, que foi cinco vezes retratada pelo pai, uma delas com apenas sete anos. O último retrato é o que agora vai a leilão e nele Isobel teria à volta dos 30 anos.
Pai e filha tinham conversas “interessantes e animadas” sobre o “amor obsessivo” e o “ciúme tortuoso” de Proust.  “Não desejei ser retratada a ler, desejei ler. Era algo que normalmente não tinha tempo de fazer com três crianças pequenas. Era uma oportunidade”, explica ainda.

O vestido de Diana tornou-se o mais caro da princesa vendido em leilão e uma camisola que LeBron James usou em campo atingiu 3.7 milhões de dólares. Ambos foram recordes do leilão "The One".
A luta foi feroz durante quase cinco minutos. Quatro licitadores estavam seriamente interessados em ter um vestido usado por Diana, a princesa de Gales, e no final o martelo bateu aos 604.800 dólares (aproximadamente 556 mil euros), fazendo do vestido de baile roxo o mais caro de sempre da antiga princesa de Gales vendido num leilão, segundo a Forbes. Aconteceu na sexta-feira passada no leilão The One da Sotheby’s, em Nova Iorque, e este não foi o único recorde. Uma camisola de LeBron James estabeleceu igualmente um novo marco para um equipamento deste atleta.
A Sotheby’s anunciou na sua conta de Twitter que sexta-feira foi “um dia de quebrar recordes”. “A t-shirt que LeBron usou em jogo atingiu os 3.7 milhões de dólares, quebrando o recorde anterior para uma t-shirt do atleta mais de cinco vezes”, pode ler-se na publicação da Sotheby’s. Nessa mesma mensagem revela-se ainda que o vestido de baile de Diana chegou aos 604 mil dólares.
O vestido em tom beringela e com saia tulipa que a Sotheby’s vendeu esta sexta-feira  foi criado por Edelstein como parte da coleção do outono de 1989 e não foi a primeira vez que foi a leilão. Fez parte do lote de cerca de 80 vestidos que Diana leiloou em 1997, meses antes de morrer, na Christie’s, em Nova Iorque, e com fins filantrópicos. Nesta ocasião foi vendido por 24.150 dólares (aproximadamente 22.200 euros) para uma coleção privada e passou, por descendência, a quem o vendeu agora. Estimava-se que a venda deste vestido ficaria entre 80 mil e 120 mil dólares (73.600 e 110 mil euros, aproximadamente), mas superou as expectativas cerca de cinco vezes.
A criação do designer Victor Edelstein acabou por atingir um valor cinco vezes superior ao estimado e ultrapassou, por largo valor, outra criação do designer para Diana, e esta bem famosa: o vestido Travolta que a princesa de Gales usou em 1985 num baile na Casa Branca no qual dançou com John Travolta. O vestido em veludo azul escuro com ombros descobertos foi vendido em leilão em 2019 por 347 mil dólares (cerca de 319 mil euros).
O leilão “The One” aconteceu no dia 27 de janeiro em Nova Iorque e foi o primeiro de um novo conceito que a Sotheby’s está a explorar. Foram colocadas à venda cerca de 20 peças muito variadas que juntam ícones da cultura popular contemporânea com obras de arte da antiguidade. “Representam o melhor de cada um dos seus setores de mercado específicos” e integram esta seleção “pelas suas histórias notáveis” e porque “mostram o auge da realização humana ao longo de dois milénios”, explica George Wachter, Chairman da Sotheby’s e co-chefe a nível mundial de Pintura dos Antigos Mestres (Old Masters). Este leilão “é uma oportunidade para celebrar o legado de indivíduos que representam uma busca incansável pela grandeza através da História”, afirma George Wachter.

Codex Sassoon será leiloado em Maio pela Sotheby’s.

O Codex Sassoon, em homenagem ao seu mais conhecido proprietário, data do ano 900 e poderá vir a ficar entre "os manuscritos mais caros já vendidos".


 Abíblia hebraica mais antiga e completa, com mais de mil anos, será leiloada em maio podendo atingir os 50 milhões de dólares (cerca de 46 milhões de euros), divulgou esta quarta-feira a casa de leilões Sotheby's.
O Codex Sassoon, em homenagem ao seu mais conhecido proprietário, David Solomon Sassoon, o maior colecionador de manuscritos hebraicos e judaicos do século XX, que morreu em 1942, data do ano 900 e representa "a mais completa bíblia hebraica".

O valor é estimado entre os 30 e os 50 milhões de dólares, podendo estar entre "os manuscritos mais caros já vendidos", sublinhou à agência France-Presse (AFP) Richard Austin, responsável de livros e manuscritos antigos da Sotheby's.